segunda-feira, 18 de abril de 2011

Escola em Realengo, no Rio, retoma atividades com alunos 11 dias após massacre

(Policiais fazem guarda dia e noite na Escola onde ocorreu a tragédia)



Do UOL Notícias Em São Paulo






Atividades artísticas como pintura e poesia serão as principais ferramentas da escola municipal Tasso da Silveira nesta segunda-feira (18), em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, 11 dias após o massacre no qual 12 adolescentes entre 12 e 15 anos foram brutalmente assassinados pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira.

A retomada das atividades nesta manhã será a primeira ação com os alunos desde o crime que chocou o país. A volta às aulas, no entanto, será gradual.

Na semana passada, a secretária de Educação, Cláudia Costin, se reuniu com a direção da escola e psicólogos para discutir o retorno das atividades e informou que a readaptação dos alunos deve durar pelo menos três semanas. Nesse tempo, as aulas devem recomeçar gradativamente.


Indenização

Na última sexta-feira (15), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que o poder público municipal vai indenizar as famílias dos estudantes mortos. Os critérios, segundo Paes, serão técnicos e discutidos caso a caso, nas próximas semanas, entre a defensoria pública e a Procuradoria Geral do município.

Além dos 12 mortos, outros 12 estudantes ficaram feridos. Apenas quatro deles continuam internados em hospitais públicos do Rio --o quinto teve alta na tarde da última sexta-feira --, mas nenhum em estado grave.

Entenda o caso


Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar nos estudantes.







O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após o sargento da polícia, "Alves", avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Oliveira na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Ele portava duas armas e um cinturão com muita munição.



Oliveira deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como quer ser enterrado e deixando sua casa para uma associação de proteção de animais.