terça-feira, 10 de maio de 2011

Secretária pede retomada do diálogo

Fotos: João Gilberto


A secretária de Educação do RN, Betânia Ramalho, que participa da audiência pública que está sendo realizada na Assembleia Legislativa, disse que reconhece como legítimas as reivindicações dos professores, mas que a “intolerância e a intransigência” não constroem a educação e que a greve representa um prejuízo incalculável para o alunado. Ela solicitou ao Sinte/RN que seja retomado o diálogo e pediu ainda a compreensão dos professores, pois segundo a secretária, não se constrói a educação num passe de mágica, em quatro meses de gestão.

Betânia disse que o Governo está buscando soluções para honrar o piso nacional e que essa situação é uma herança política indesejável. Ela afirmou ainda que é preciso recuperar a situação financeira do Estado e que a condição de precarização da educação não é novidade para ninguém.
“O Estado sabe que o piso salarial precisa ser cumprido, mas peço a compreensão de todos até que a situação se estabilize, o querer tem que combinar com a possibilidade de se fazer”, afirmou a secretária.
A secretária informou que pretende implementar um projeto de educação, fundamentado no direito do aluno e de seus familiares e que pensar em qual educação a sociedade do RN deseja é imperativo. Betânia Ramalho considera que é preciso reverter os péssimos indicadores da educação básica para em seguida reverter a imagem negativa da educação em nosso estado.
Sobre a qualidade da educação no país, a secretária de Educação disse que existem pontos fundamentais a serem resolvidos, que são financiamento, a formação docente e questões salariais.
Betânia disse ainda que a Secretaria Estadual de Educação já realizou profundas mudanças embora ainda não sejam perceptíveis e citou várias medidas para melhorar a qualidade do ensino no estado. “O governo assumiu o compromisso de dar atenção especial à educação, que é fator chave estratégico para o desenvolvimento da sociedade. Tempo perdido na educação não se recupera”, disse referindo-se à greve dos professores.