(Estação de captação da CAERN no rio Piquiri)
Aconteceu em Nova Cruz, na manhã
desta quinta feira, 17 de Agosto, no Clube do Povo – Mercado Público, mais um
encontro com representantes da sociedade e de Igrejas, em defesa do manancial
dos rios, Piquiri e Una”, promovido pelo “Fórum Permanente S.O.S. rios, Piquiri e Una”,
com o objetivo de ampliar os agentes de mobilização desta luta que terá um
importante momento regional em Outubro deste ano.
O manancial é o provedor da água potável
para a população dos municípios de Pedro Velho, Montanhas e Nova Cruz e, quando
da construção da nova adutora pelo governo do estado, se estenderá até os
municípios de Santo Antonio e Serrinha.
O encontro desta manhã contou com
representantes de Igrejas Evangélicas, da Igreja Católica – através do Serviço de
Assistência Social –SAR da Arquidiocese de Natal e da Pastoral da Comunicação (Pascom da Paróquia de Nova Cruz), da EMATER/Escritório local, do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais, de Associações, do Centro Potiguar de Cultura – CPC/RN, do CRAS de Nova Cruz, da Câmara Municipal de Nova Cruz, dos Conselhos:
Municipal e Tutelar de Nova Cruz, e de populares, que debateram e definiram as
estratégias de mobilização para o grande evento que marca o dia “D” de luta em
defesa dos rios, previsto para Outubro deste ano e que busca dar visibilidade às
diversas autoridades, municipais, estaduais e federais, dos problemas
detectados nestes rios, que já afetam suas capacidades de abastecimentos e de
promoção do desenvolvimento econômico destas populações.
O Rio Piquiri abastece uma população
de aproximadamente 150 mil habitantes no Agreste e litoral sul potiguares, com
uma adutora que já está obsoleta há pelo menos 20 anos. Estudos relatados pelo
Fórum dão conta de que o rio está com capacidade cada vez menor, em virtude do
assoreamento desenfreado, dos desvios dos cursos das águas, dos desmatamentos
em suas margens promovidos pelas usinas, enfim, por uma gama de fatores
apresentados e com um futuro agravante: A construção de uma nova adutora, com
vazão direta do manancial até Nova Cruz e com ampliação até os municípios de
Santo Antonio e Serrinha, anunciada pelo Governo do Estado. É necessário,
portanto, um amplo e permanente trabalho de mobilização para a preservação do
rio Piquiri e de implantações de projetos sustentáveis, que permitam sua plena
saúde, para que ele possa em retribuição manter estes abastecimentos e o desenvolvimento
das populações por ele, beneficiadas.
(Matéria Claudio Lima - Fotos Eduardo Vasconcelos)