As tentativas de ataques cibernéticos sofridas pelo sistema de totalização de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no domingo (15) não foram capazes de interferir no resultado que as urnas apresentaram ao final do domingo. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, durante coletiva à imprensa, na ultima segunda feira, 16, em que fez um balanço do primeiro turno das Eleições Municipais de 2020.
O Ministro emitiu as declarações após a realização do que ele chamou de "uma apuração complexa" pela equipe de especialistas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE e que identificou 486 mil conexões por segundo para tentar derrubar, sem sucesso, o sistema de totalização de votos.
O ministro explicou ainda que o que houve foram dados administrativos vazados de funcionários e ex-ministros do Tribunal referentes aos de 2001 a 2010 e que foram divulgados neste domingo para causar impacto e a sensação de fragilidade do sistema. Porém no início da noite desta quinta feira, 19, confirmou-se que os dados atacados dos funcionários e ministros foram de 2020 também.
A respeito do atraso na
totalização dos votos, o ministro Luís Roberto Barroso explicou que um
supercomputador foi fornecido pela empresa Oracle para computar, de forma
centralizada, os dados provenientes das urnas eletrônicas de todo o país, o que ocasionou a demora. Ele
ressaltou que a centralização, no TSE, da totalização dos votos foi adotada a
partir de uma recomendação da Polícia Federal para reduzir a quantidade de
superfícies de ataque.
O secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino, disse que os peritos da Polícia Federal trataram a totalização da distribuição, no âmbito dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) como uma tática chamada de redução de superfície de ataque, o que minimizou o bombardeio dos hackers e manteve seguros os resultados em cada município do Brasil.
