(Monumento aos mártires de Uruaçu- São Gonçalo)
(Santuário dos Mártires de Uruaçu)
(Igrejinha de N. Sra das Candeias - Cunhaú onde ocorreu o massacre)
(Santuário dos Mártires de Cunhaú - Canguaretama)
O Estado do Rio Grande do Norte relembra as memórias dos Santos Mártires, pessoas que foram assassinadas por professarem a fé cristã, pelos holandeses - durante a invasão destes ao Brasil - nas comunidades de Cunhaú - Canguaretama e Uruaçu - São Gonçalo do Amarante, no século XVI.
Missas, caminhadas, exposições, excussões, e procissões marcam a programação organizada pela Arquidiocese de Natal, que se iniciou no dia 29 de Setembro e prossegue até hoje, feriado estadual, no santuário dos mártires na grande Natal.
Cunhaú
O massacre de Cunhaú, ocorrido no primeiro engenho construído
em território potiguar, é considerado um dos mais trágicos da história do
Brasil. No domingo, 16 de Julho de 1645, Jacob Rabbi, um alemão a serviço do governo holandês,
chegou ao engenho escoltado pelas tropas dos índios Tapuias. Como de costume, os fiéis se reuniram para
celebrar a eucaristia e foram à missa na Igreja de Nossa Senhora das Candeias.
O pároco, padre André de Soveral, começa a cerimônia. Depois do momento da
elevação do Corpo e Sangue de Cristo, as portas da capela foram fechadas,
dando-se início a violência ordenada por Jacob.
Uruaçu
O massacre de Uruaçu aconteceu no dia 3 de outubro de 1645,
três meses depois do ocorrido em Cunhaú, também a mando de Jacob Rabbi. Dizem
os cronistas que, logo após o primeiro massacre, o medo se espalhou pela
Capitania. Segundo a história, neste segundo massacre as tropas usaram
mais crueldade. Depois da elevação, fecharam as portas da igreja e os fiéis
foram mortos ferozmente. As vítimas tiveram as línguas arrancadas para que não
fossem proferidas orações católicas. Além disso, tiveram braços e pernas
decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas.O celebrante da missa, o padre Ambrósio
Francisco Ferro, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira teve o coração
arrancado. E, ainda vivo, exclamou: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento
Foram canonizados (nem todos têm os nomes identificados):
Pe. André de Soveral
Pe. Ambrósio Francisco Ferro (português)
Mateus Moreira
Domingos de Carvalho
Antônio Vilela Cid (espanhol)
Antonio Vilela, o moço e sua filha
Estevão Machado de Miranda e suas duas filhas
Manoel Rodrigues Moura e sua esposa
João Lostau Navarro (francês)
José do Porto
Francisco de Bastos
Diogo Pereira
Vicente de Souza Pereira
Francisco Mendes Pereira
João da Silveira
Simão Correia
Antonio Baracho
João Martins e seus sete companheiros
A filha de Francisco Dias