Um novo estudo publicado por pesquisadores da
Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, traz um projeto de vacina
contra o novo coronavírus que já foi avaliado pela comunidade científica. A
pesquisa mostra avanços promissores na criação de uma vacina contra o vírus ao
atacar as células ACE-2, às quais o novo coronavírus se liga ao corpo humano
para se reproduzir e atacar o organismo, causando sintomas como febre, dores no
corpo e dificuldade de respirar.
Os pesquisadores atribuem a velocidade de identificação
de um método para conter o novo coronavírus à pesquisa prévia sobre outros
tipos de coronavírus que já infectaram humanos anos atrás.
O projeto de vacina é chamado de PittCoVacc, uma
abreviação do nome Pittsburgh Coronavirus Vaccine, usa um método parecido com o
usado na vacina contra a gripe, causada pelo vírus influenza.
O estudo foi publicado na quarta feira, 1 de abril no periódico EBioMedicine,
publicado pelo jornal científico The Lancet.
Em vez de ser aplicada por uma agulha comum, o projeto
prevê que a vacina seja aplicada por meio de um pequeno adesivo, do tamanho de
uma moeda de 5 centavos (foto inicial) que contém cerca de 400 microagulhas. O método
facilita a absorção da vacina.
A vacina foi testada em ratos e os anticorpos surgiram
duas semanas após a aplicação. Apesar de ainda não ter sido testado em humanos,
o projeto de vacina manteve sua potência mesmo ao ser esterilizado com radiação
gama, o que indica chances de aceitação da vacina no corpo humano.
A vacina será agora encaminhada para os testes rigorosos
da Food and Drug Admistration, uma agência análoga à Anvisa brasileira. Somente
após vencer essa etapa, que pode levar vários meses, a vacina poderá ser
produzida em massa — considerando que tudo saia como esperam os cientistas.