O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu até o início da tarde desta quinta-feira (27) 1.789 denúncias de assédio eleitoral neste segundo turno. O número corresponde a quase 30 vezes o total registrado até o primeiro turno. Cresceu também o número de empresas denunciadas: de 52 para 1.388.
A prática ilegal é adotada por
empresas que tentam influenciar o voto de empregados por meio de ameaças,
coação e promessas de benefícios.
Segundo o MPT, os empregadores
que recorrem a essa prática podem ser punidos pela Justiça Eleitoral e pela
Justiça do Trabalho com pena que pode chegar a quatro anos de prisão e multa.
A região Sudeste registra o
maior número de denúncias (765), depois vem a região Sul (501) e o Nordeste
(294).
Entre os estados, Minas Gerais
é o que tem o maior número de queixas enviadas ao MPT: 496. Em seguida,
aparecem Paraná (196), São Paulo (175) e Santa Catarina (168).
“O assédio, quando é praticado, geralmente é aquela prática inibida. Você não quer que as pessoas saibam que você está assediando. Agora, ao contrário, as pessoas banalizaram o ilícito, realmente, pela polarização política”, disse o procurador-geral do Trabalho José de Lima Ramos Pereira, em entrevista à G1.