Os desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro começam neste domingo, 23 de Fevereiro, na Sapucaí. Um ponto em comum a todas elas é o tom de crítica social incutida nas letras das melodias deste ano. Os desfiles começam às 21:30 h. Confira as informações sobre cada uma das sete Escolas que desfilam neste domingo:
A Estácio de Sá, que abrirá os
desfiles do Grupo Especial no domingo (23), a partir das 21h30, fala do garimpo
e dos estragos que produz país afora. Um trecho do samba composto por Edson
Marinho, Jorge Xavier, Júlio Alves, Jailton Russo, Ivan Ribeiro e Dudu Miller lembra.
A Viradouro entra em seguida, por
volta de 22h30, e em tempos sombrios de racismo e ataques à cultura, homenageia
As Ganhadeiras de Itapuã. A música de Dadinho, Fadico, Rildo Seixas, Manolo,
Anderson Lemos, Carlinhos Fionda e Alves fala do grupo musical baiano que
surgiu dos cantos, danças e crenças das lavadeiras do litoral baiano.
A campeã do ano passado volta
para a avenida com tudo no carnaval do Rio de Janeiro em 2020. A Mangueira,
terceira escola da primeira noite dos desfiles (domingo, 23), traz para a
Marquês de Sapucaí mais um samba com forte crítica social. O enredo A Verdade
vos Fará Livre retrata a violência que extermina o povo favelado, agravada
pelos governos de Wilson Witzel e de Jair Bolsonaro.
O samba da Grande Rio, assinado
por Deré, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Toni Vietnã, leva para a avenida
outro tema super atual: o da tolerância religiosa. A escola que entra na
Sapucaí na madrugada de domingo para segunda-feira (23/24), avisa.
O tom crítico segue como marca da
Paraíso do Tuiuti, que toma a avenida logo depois da Mangueira. O enredo fala
do encontro entre São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, e Sebastião I,
monarca português morto em batalha no norte da África. E traça um paralelo com
a situação atual do país. No samba de Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Júlio
Alves, Pier e Tricolor, devoção e amor pela sofrida cidade maravilhosa.
A União da Ilha, penúltima na
madrugada de domingo para segunda-feira no carnaval do Rio 2020, traz para a
avenida as falsas promessas de políticos e poderosos. Os autores, Marcio André,
Marcio André Filho, Rafael Prates, J Alves, Daniel e Marinho, cantam o talento
de quem vive nas comunidades, cresce e se desenvolve a despeito de todo o
abandono.
A Portela, que voltou a gritar “é
campeã” em 2017, lembrará os primeiros habitantes do Rio. A escola é esperada entre 3h30 e 4h30. O samba de Valtinho Botafogo, Rogério Lobo, José Carlos,
Zé Miranda, Beto Aquino, Pecê Ribeiro, D’Sousa e Araguaci, lembra os indígenas,
primeiros habitantes do Rio, com o enredo Guajupiá, Terra Sem Males.
(Info: G1)