segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Desfiles Escolas de Samba RJ: Confira a primeira noite.


Os desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro começam neste domingo, 23 de Fevereiro, na Sapucaí. Um ponto em comum a todas elas é o tom de crítica social incutida nas letras das melodias deste ano. Os desfiles começam às 21:30 h. Confira as informações sobre cada uma das sete Escolas que desfilam neste domingo:

A Estácio de Sá, que abrirá os desfiles do Grupo Especial no domingo (23), a partir das 21h30, fala do garimpo e dos estragos que produz país afora. Um trecho do samba composto por Edson Marinho, Jorge Xavier, Júlio Alves, Jailton Russo, Ivan Ribeiro e Dudu Miller lembra.

A Viradouro entra em seguida, por volta de 22h30, e em tempos sombrios de racismo e ataques à cultura, homenageia As Ganhadeiras de Itapuã. A música de Dadinho, Fadico, Rildo Seixas, Manolo, Anderson Lemos, Carlinhos Fionda e Alves fala do grupo musical baiano que surgiu dos cantos, danças e crenças das lavadeiras do litoral baiano.

A campeã do ano passado volta para a avenida com tudo no carnaval do Rio de Janeiro em 2020. A Mangueira, terceira escola da primeira noite dos desfiles (domingo, 23), traz para a Marquês de Sapucaí mais um samba com forte crítica social. O enredo A Verdade vos Fará Livre retrata a violência que extermina o povo favelado, agravada pelos governos de Wilson Witzel e de Jair Bolsonaro.

O samba da Grande Rio, assinado por Deré, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Toni Vietnã, leva para a avenida outro tema super atual: o da tolerância religiosa. A escola que entra na Sapucaí na madrugada de domingo para segunda-feira (23/24), avisa.

O tom crítico segue como marca da Paraíso do Tuiuti, que toma a avenida logo depois da Mangueira. O enredo fala do encontro entre São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, e Sebastião I, monarca português morto em batalha no norte da África. E traça um paralelo com a situação atual do país. No samba de Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Júlio Alves, Pier e Tricolor, devoção e amor pela sofrida cidade maravilhosa.

A União da Ilha, penúltima na madrugada de domingo para segunda-feira no carnaval do Rio 2020, traz para a avenida as falsas promessas de políticos e poderosos. Os autores, Marcio André, Marcio André Filho, Rafael Prates, J Alves, Daniel e Marinho, cantam o talento de quem vive nas comunidades, cresce e se desenvolve a despeito de todo o abandono.

A Portela, que voltou a gritar “é campeã” em 2017, lembrará os primeiros habitantes do Rio. A escola é esperada entre 3h30 e 4h30. O samba de  Valtinho Botafogo, Rogério Lobo, José Carlos, Zé Miranda, Beto Aquino, Pecê Ribeiro, D’Sousa e Araguaci, lembra os indígenas, primeiros habitantes do Rio, com o enredo Guajupiá, Terra Sem Males.

(Info: G1)