Entidades realizarão nesta quarta-feira, 15, a Greve Nacional
da Educação, com atos e manifestações em todo o país, em defesa da educação
pública de qualidade.
Diversas entidades representativas dos professores e
funcionários do ensino público realizarão nesta quarta-feira, 15 de maio, a
Greve Nacional da Educação, com atos e manifestações em todo o país, em defesa
da educação pública de qualidade, contra os cortes nos recursos da educação anunciados na semana passada pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, e contra a reforma da Previdência.e contra a reforma da Previdência.
“A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, disse o presidente da
CNTE, Heleno Araújo.
E sobre a Reforma da previdência, o Sidicalista alerta: "A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº
06/2019, da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), tem como
objetivo destruir a aposentadoria do povo brasileiro, em especial a das
trabalhadoras e a dos trabalhadores da educação. A PEC acaba com a
aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade
mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, aumenta o tempo mínimo de
contribuição de 15 para 20 anos e altera as regras especiais de trabalhadores e
trabalhadoras rurais e professores", disse ele.
O diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
e coordenador da Secretaria de Finanças da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), José De Ribamar Barroso,
que representa os professores e professoras da rede particular de ensino, diz
que os educadores das escolas particulares vão sofrer ainda mais que os da rede
pública com a reforma de Bolsonaro. “Os trabalhadores da educação privada não
vão mais conseguir se aposentar”. De acord com Ribamar, para o pessoal do
setor privado essa reforma é ainda mais cruel porque quanto mais experiência e
formação o docente adquire, mais caro ele fica para a empresa que prefere
trocá-lo por um profissional em início de carreira ganhando menos.
Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por
Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões.
“Estes cortes estão prejudicando a merenda e o
transporte escolar das nossas crianças da educação básica, além, claro, de
prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de
pesquisa”, explicou Heleno Araújo, da CNTE. Para Ribamar, o projeto deste
governo é atender os interesses do capital, que está representado na esplanada
do ministério com a pasta mais poderosa.“O governo faz um corte que vai acabar
com os Institutos e Universidades Federais e a demanda vai para o setor privado
e quem preside a Associação Nacional das Universidades particulares do Brasil é
Margareth Guedes, irmã de Paulo Guedes,
ministro da Economia”, denuncia o dirigente.