Iara Lemos Do G1, em Brasília
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (11) que o governo decidiu, em parceria com entidades da sociedade civil, antecipar para maio o lançamento da campanha do desarmamento. A previsão inicial do ministério era dar início à campanha em junho.
Por sugestão do governo, a campanha deverá começar no próximo dia 6 de maio, quase um mês depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que resultou nas mortes de 12 crianças e do atirador. A campanha vai durar até o final do ano, segundo o ministro.
Na última campanha do desarmamento, realizada entre 31 de dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram recolhidas mais de 40 mil armas, informou Cardozo.
Na tarde desta segunda (11), Cardozo esteve reunido com representes do Instituto Sou da Paz e da Organização Não-Governamental Viva Rio.
Segundo o ministro, ainda não está definido o valor que o governo vai investir diretamente na campanha. Representantes do Banco do Brasil participaram da reunião e estudam formas de pagamento das indenizações aos proprietários que entregarem as armas. Na última campanha, os valores variavam entre R$ 100 e R$ 300 por arma entregue.
Referendo
O ministro não descartou a possibilidade de realização de um novo referendo do desarmamento, aos moldes do que foi realizado em 2005. A proposta foi defendida nesta segunda pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo Sarney, a iniciativa será proposta, segundo Sarney, na próxima reunião de líderes da Casa, que deve ocorrer ainda nesta semana.