Em entrevista concedida ao Jornal Tribuna do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini disse que os servidores do Estado devem ter paciência. “Essa é uma forma de passar para a população uma suposta boa intenção.”, afirmou a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso. Para a sindicalista, o que se pôde constatar neste primeiro ano de administração é que os gestores falam uma coisa e fazem outra completamente diferente. O portal da transparência é o principal exemplo disso, sempre apresentando números cuja análise reúne inúmeras controvérsias.
Durante 2011, o Governo alcançou um superávit significativo, ou seja, uma poupança maior que o investimento em obras e em crescimento para o Estado. A economia para os cofres também foi maior em relação aos investimentos feitos com pessoal - apesar da ênfase que os secretários e o governo sempre dão aos números, tentando passar para a sociedade uma realidade totalmente diferente daquela que realmente é. “Por que o governo fez essa opção de poupança? A existência dela é tão inegável que em 2011 - apesar do crescimento de 10% no ICMS, os investimentos foram menores em relação a 2010.”, afirma a sindicalista.
O questionamento do Sindicato é em relação ao método utilizado pelo Governo para apresentar os números que traz à tona ultrapassando o limite prudencial da LRF. “Por que o Governo insiste em colocar aposentados e pensionistas na folha de pagamento em que estão? A resposta é simples: porque assim é fácil justificar para a sociedade quais são as suas prioridades.”, avalia a dirigente.
O governo jamais vai convencer os Funcionários de que não pode fazer nada para implantar os Planos de Carreira. Para Fátima Cardoso, a reação da categoria acontecerá na medida em que as contradições atuais se mantiverem. “Dinheiro, no Estado, existe. O que falta é vontade política para utilizá-lo em prol de melhores salários para os trabalhadores, melhores condições de trabalho e serviços de qualidade para a população.”, analisou a dirigente.