O STF (Supremo Tribunal Federal) pode julgar o
pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até antes
do dia 15 de agosto, prazo final para o registro de candidaturas no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
O jogo de cartas marcadas do STF nem foi disfarçado:
depois de o relator do pedido, ministro Edson Fachin, liberar o caso para
julgamento, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, irá pautar o processo
imediatamente. O STF já mandou reforçar a área externa do Tribunal. A intenção
clara do núcleo judicial do golpe é esvaziar ao ato de 15 de agosto, marcado
para apoiar a candidatura de Lula em Brasília. O caso pode ir a plenário no dia
9, quando ministros do STF tentarão discutir também a questão eleitoral – mesmo
que isso não tenha sido pedido pela defesa.
"Na volta das atividades dos ministros, o
STF já reforçou a segurança na área externa do tribunal, palco recente de duas
manifestações a favor de Lula. Um comunicado interno disparado na intranet dos
servidores informou que as entradas e saídas do STF pelo Eixo Monumental
“permanecerão interditadas até data a ser informada posteriormente”, o que na
prática dificulta o avanço de manifestantes às instalações do tribunal.
Mais cedo, nesta quarta-feira, Fachin disse ser ideal que a Corte decida
ainda em agosto sobre o recurso do petista, condenado e preso da Lava Jato e
pré-candidato à Presidência da República. Indagado se recomendaria que o
julgamento ocorresse antes do dia 15, o ministro afirmou que “toda celeridade
em matéria eleitoral é importante para não deixar dúvida no procedimento”.
Cármen compartilha da visão de Fachin, que é importante dar prioridade máxima
ao caso."