(Matéria Claudio Lima)
A segunda feira, 10
de Julho foi marcada com o início das sessões na Comissão de Constituição e
Justiça – CCJ da Câmara dos Deputados, destinadas
a apreciação do pedido do Supremo Tribunal Federal para investigar o Presidente
Temer, baseado na denuncia do Procurador Geral da Republica, Dr Rodrigo Janot,
que aponta crimes cometidos pelo Presidente dos quais, a tentativa de obstaculizar as investigações da
LAVA JATO, recebimento de propinas para facilitar trâmites de empresas
importantes, no governo e para barrar delação de Eduardo Cunha.
Nesta primeira sessão foi lido o parecer pelo relator Deputado
Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) que foi amplamente a favor do “deferimento do pedido
do Supremo Tribunal, em investigar o presidente Temer, pelos fortes indícios
encontrados na denuncia apresentada pelo Procurador” e por isso pediu aos seus
pares que votassem a favor da admissibilidade do mesmo.
Em seguida o advogado do Presidente Temer, Dr. Antonio
Claudio Mariz de Oliveira, em discurso oral, rebateu o parecer apresentado pelo
relator e pediu que os deputados da CCJ votassem pelo arquivamento do pedido do
STF, depois do qual se seguiram as discussões com os discursos dos líderes dos
partidos da casa.
Segundo a grande maioria dos analistas políticos e da
imprensa que realiza a cobertura dos fatos, Temer amargou sua primeira derrota
com a defecção do seu companheiro de partido, o relator deputado Sérgio
Zveiter, que se considera independente. Outra perda sentida no Palácio do
Planalto é a de que a maioria dos deputados do PSDB, aliado mais forte, deva
votar pela tramitação do pedido do STF na casa, confirmada pelo seu presidente
Nacional, Senador Tásso Gereissati.
Na quarta feira, as discussões serão retomadas pela CCJ, que
deverão durar mais de 40 horas, e somente depois se iniciará o processo de
votação, onde os deputados deverão votar se aceitam ou rejeitam o parecer do
relator, que relembramos: é favorável a admissibilidade pelas investigações
contra Temer.