Ailson Bonifácio do Nascimento, ou simplesmente “seu Ailson”, um dos
mais antigos e conhecidos técnicos em radiodifusão no Rio Grande do
Norte, morreu ontem aos 78 anos de idade. Para quem viveu a “Era de
Ouro” do rádio potiguar, ele era o homem que emprestava técnica e
conhecimento para colocar no ar, sem ruídos, as transmissões feitas a
partir de estúdios e das ruas. Internado há 45 dias devido a problemas
decorrentes de diabetes, Ailson não respondeu mais ao tratamento e
morreu ontem no início da noite. O velório será no Cemitério Morada da
Paz de Emaús. O sepultamento está marcado para às 16 horas de hoje,
segundo informou a família.Identificado
com a Rádio Cabugi AM (hoje Rádio Globo Natal), emissora na qual
trabalhou por 55 anos, Ailson Bonifácio, enfrentava nos últimos dois
anos complicações causadas por um ferimento não curado, que acabou
comprometendo o funcionamento dos rins. Durante esse período, ele
assumiu a função de diretor técnico das rádios que compõem o Sistema
Cabugi de Comunicação e era reconhecido, dentre outros inúmeros motivos,
por ser o único técnico de radiodifusão do Estado a tirar qualquer
rádio do “prego”.
Admitido pela Rádio Cabugi aos 36 anos de idade, em 24 de maio de 1958, a trajetória de sucesso de Ailson Bonifácio se confunde com o reconhecimento da qualidade do jornalismo, rodadas esportivas e entretenimento levados pela hoje Rádio Globo Natal aos lares dos potiguares diariamente. Ao longo de cinco décadas e meia dedicadas ao trabalho, diuturnamente, não lhe faltaram estórias. Mas, em todas elas, se sobrepunha o amor pela profissão.
Em entrevistas concedidas à TRIBUNA DO NORTE no caderno especial pela passagem dos 50 anos do jornal, em 2000, ele disse que uma das melhores sensações era ouvir o barulho da redação do jornal, quando todo o material saía dos teclados de máquinas manuais. Outros fatos marcantes acompanharam a trajetória de Ailson Bonifácio, como a transferência do transmissor da Rádio Cabugi da Zona Norte para São Gonçalo do Amarante, onde hoje também funciona a Sede Social dos Colaboradores da Tribuna do Norte e da Rádio Globo Natal. Ailson, inclusive, foi um dos maiores incentivadores da criação do centro recreativo para os funcionários da rádio e do jornal.
Dentre as lembranças que guardava consigo e que contou à TN na mesma entrevista, ele detalhou os dias em que ficou “preso” na emissora. “A rádio só funcionava até meia-noite. Um dia, os militares chegaram na minha casa por volta da 1h da manhã, para que eu fizesse a transmissão de um noticiário deles. Fiquei preso na rádio por quase dois dias”, relembrou na ocasião. Outro momento relembrado com carinho pelo técnico foi a mudança da sede da Rádio Cabugi, que antes de funcionar no atual prédio, na Avenida Tavares de Lira, era baseada numa casa alugada na Praça da Igreja de São Pedro, no Alecrim.
Em março de 2001, ao lado da também radialista Nice Fernandes, da Rádio Cabugi à época, Ailson Bonifácio recebeu uma homenagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no dia da primeira transmissão da Rádio Universitária FM.
O então governador Garibaldi Alves Filho participou da homenagem e lembrou seus tempos de rádio. Os radialistas Ademi Ribeiro, Nilson Freire, Newton Marcolino e Glorinha Oliveira também foram homenageados. Ao longo dos 78 anos de vida, Ailson Bonifácio colecionou amigos e admiradores. Com saudades, eles ressaltam o profissionalismo do “homem das rádios” e o afinco com o qual ele colocava as transmissões no ar.
Admitido pela Rádio Cabugi aos 36 anos de idade, em 24 de maio de 1958, a trajetória de sucesso de Ailson Bonifácio se confunde com o reconhecimento da qualidade do jornalismo, rodadas esportivas e entretenimento levados pela hoje Rádio Globo Natal aos lares dos potiguares diariamente. Ao longo de cinco décadas e meia dedicadas ao trabalho, diuturnamente, não lhe faltaram estórias. Mas, em todas elas, se sobrepunha o amor pela profissão.
Em entrevistas concedidas à TRIBUNA DO NORTE no caderno especial pela passagem dos 50 anos do jornal, em 2000, ele disse que uma das melhores sensações era ouvir o barulho da redação do jornal, quando todo o material saía dos teclados de máquinas manuais. Outros fatos marcantes acompanharam a trajetória de Ailson Bonifácio, como a transferência do transmissor da Rádio Cabugi da Zona Norte para São Gonçalo do Amarante, onde hoje também funciona a Sede Social dos Colaboradores da Tribuna do Norte e da Rádio Globo Natal. Ailson, inclusive, foi um dos maiores incentivadores da criação do centro recreativo para os funcionários da rádio e do jornal.
Dentre as lembranças que guardava consigo e que contou à TN na mesma entrevista, ele detalhou os dias em que ficou “preso” na emissora. “A rádio só funcionava até meia-noite. Um dia, os militares chegaram na minha casa por volta da 1h da manhã, para que eu fizesse a transmissão de um noticiário deles. Fiquei preso na rádio por quase dois dias”, relembrou na ocasião. Outro momento relembrado com carinho pelo técnico foi a mudança da sede da Rádio Cabugi, que antes de funcionar no atual prédio, na Avenida Tavares de Lira, era baseada numa casa alugada na Praça da Igreja de São Pedro, no Alecrim.
Em março de 2001, ao lado da também radialista Nice Fernandes, da Rádio Cabugi à época, Ailson Bonifácio recebeu uma homenagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no dia da primeira transmissão da Rádio Universitária FM.
O então governador Garibaldi Alves Filho participou da homenagem e lembrou seus tempos de rádio. Os radialistas Ademi Ribeiro, Nilson Freire, Newton Marcolino e Glorinha Oliveira também foram homenageados. Ao longo dos 78 anos de vida, Ailson Bonifácio colecionou amigos e admiradores. Com saudades, eles ressaltam o profissionalismo do “homem das rádios” e o afinco com o qual ele colocava as transmissões no ar.
Do blog.: Em Nova Cruz contribuiu na formação técnica da emissora Agreste FM, a convite do Engenheiro Tadeu Arruda e do proprietário Robinson Faria, devido à sua experiência incontestável. Inclusive esteve conosco na inauguração da referida emissora em 01 de Julho de 2001.